Confesso que acho que a vida é uma peça de teatro, cheia de atos. Entre o prólogo e o epílogo a gente observa as ações de algo que se inicia desconhecido e se aproxima do fim como algo já completamente compreensível e, disso, fazemos nossa própria análise, nossa própria catarse.
Entre cada ato, um pedaço de vida começa e se encerra, e, nos mesmos moldes da peça toda, inicia com UMA dose de conhecimento e termina com OUTRA compreensão do todo (até então), todo este que será o princípio do próximo ato, que, novamente, iniciará com o mistério de "o que poderá acontecer (ou não) neste ato seguinte.
Ato contínuo, nos pegamos pensando e conjecturando como tudo terminará: este ato, o próximo, a peça inteira! Mas, confesso, não somos "Deuses", senão de nós mesmos, e não podemos dizer como a peça da vida terminará. Sequer o próximo ato, sabemos! Na verdade, a peça inteira é de vanguarda, de improvisação, onde atores principais e coadjuvantes, mesmo os extras, não sabem o que vai acontecer; até acontecer!
E FAZENDO acontecer é que levamos a peça da vida adiante. Claro que, "não fazendo", a peça também segue. O tempo corre, os colegas de palco ficam na espera de algo que as vezes nunca vem e o público, ah, o público (que neste caso é nossa própria consciência), fica impaciente, querendo que "algo aconteça", quando as vezes a peça simplesmente parece não andar. E tudo passa a ser chato, aborrecido, um desperdício de tempo.
Nesta peça, além de atores principais, somos também diretores, talvez (imaginando que o grande criador de tudo, o autor, seja Deus e esteja em outro patamar que, peça iniciada, já não pode mais interferir nos seus caminhos!). Então, somente nós, atores/diretores é que movemos cada passo, cada ato, cada fala, ação; ou mesmo inação.
Viver é estar num palco vivo, cheio de possibilidades, acasos, acertos, tropeços, risos e lágrimas, como as máscaras símbolo da arte do teatro. Tomara cada um saber dar os rumos que quer ao personagem de sua vida!
Confesso que saber viver é uma arte!
Buzz
(MSC)
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