Àqueles que, por aí, se atravessam por meu caminho, criando casos, ditando regras... A estes eu só rio com meu riso mais sarcástico, porque enquanto vocês dormem suas bundas gordas (ou magras), sobre o concreto colchão de suas consciências retrógradas, eu vivo livre, leve e solto, as vezes alegre, as vezes triste, mas nunca insosso, nunca sem vida, nunca preso aos limites tacanhos da suposta sabedoria dos que acreditam ser melhores...!
Por estes eu até sofro. Sofro por ter sido parte de suas histórias e de tê-los encravados na minha, como um câncer que não pode ser extirpado...! Mas da doença de suas existências e da dor de sabê-los parte deste mesmo mundo que partilhamos é que tiro muita das minhas forças para justamente viver e resistir e rir mais ainda - porque o riso é sempre o melhor remédio.
Aos que tentam impor suas vidas, suas realidades a mim, saibam que quanto mais tentam, mais eu me fortaleço e mais resisto. Não pela resistência "burra" de simplesmente não ceder, mas porque não se deve ceder ou se curvar ao que é tacanho, ao que é pequeno, ao que é retrógrado...!
A sabedoria está em não se achar sábio. A cultura está em não se ter como culto. A educação não está em simplesmente parecer educado ou polido com tudo e todos, quando na verdade qualquer coisa que fuja ao "conhecido", ao "padrão" ou ao que alguém simplesmente "acha" que é certo ou melhor, mas está em RESPEITAR a individualidade alheia...
Eu, a estes, considero-os errados. Mas limito-me a ter meus conceitos e idéias para mim mesmo e no máximo dividir com aqueles que partilham de meus relacionamentos, de minha vida... Eu não fico nem um pouco preocupado com a vida destes outros que se preocupam tanto comigo, com o que penso, falo, faço, gravo ou escrevo...
Eu me sinto satisfeito o bastante em cuidar da minha vida. No máximo, me preocupo cautelosamente com aqueles que comigo compartilham laços de sangue e, claro, com aqueles "irmãos de vida" aos quais escolhemos e nos escolhem como parceiros, como amigos... De resto, ao "resto", àqueles cuja inteligência é tão grande, mas tão grande que só conseguem ver perto de seu próprio nariz e entender só o que querem e como querem... a estes, ou destes, não me interessa o que fazem, pensam ou como me classificam, ou se gostam de pensar no "como eu deva pensar deles" ou achar que lhes abomino...
Relaxem, criaturinhas... Eu não os abomino...! Não penso em vocês todo dia. Penso e mim. Rio, choro, saio, vivo, crio...! Não apenas reproduzo o que outros falam ou pensam... Eu penso por mim mesmo e crio minha realidade dentro dos limites deste nosso mundo - sim, que é nosso, meu e de vocês também...!
Portanto, vivamos nossas vidas, "cada um com seus brinquedos". O dia que um... qualquer um... de vocês, criaturinhas, quiser saber e realmente ENTENDER alguma diferente do que pensam, do que 'catalogam' e do que proliferam como "o que é", busquem a interação, a integração, o contato real e não subterfugiado.
Mas venham desarmados de suas presunções, abertos e dispostos a aceitar que o que pensam não é a "realidade", porque certamente, por mais que vocês pensem, achem e "saibam" ou acreditem em alguma coisa a meu respeito, eu posso lhes garantir que muitas, muitas coisas, muitas vezes, estarão muito, MUITO erradas nas avaliações de vocês...
Mas, se nem isso os importa, porque preferem ficar com os seus conceitos pré-estabelecidos... muito que bem! Fiquem... Mas fiquem longe. E fiquem felizes assim. De resto, não quero saber. Porque como já disse, a mim não interessa o que não é bom. Eu sou real demais pra estes delírios e fantasias de vocês...! E podem crer: não os abomino nem quero-lhes mal... Apenas lhes desejo que recebam de volta tudo aquilo que a mim desejarem e emanarem... Como um espelho.
E se Narciso acha feio tudo aquilo que não é espelho e eu sou "o espelho", adivinhem quem vocês são...?
B.
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