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As vicissitudes do amor... Espero poder ajudar algumas pessoas a entender um pouco do que eu mesmo já aprendi e entendi... Que nem tudo na vida, ou no amor, faz realmente sentido... Nem é exatamente como a gente que, gosta, imagina ou, as vezes "tem certeza", que são...
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Amar é um risco. É um jogo... E um jogo sem garantias... E como todo jogo, pode se dar sorte, como talvez não. E quando as coisas não acontecem como queremos, como sonhamos, como imaginamos, vem a dor, o desespero, a desesperança, a revolta, a inaceitação... E inicia-se uma grande luta para tentar recuperar algo que, em essência, nem está mais lá... A "rosa azul" da fantasia... O espírito de algo que não está mais lá ou, quiçá, talvez nem existido realmente tenha...!!
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Aprendi que a única coisa que nos ajuda, ao mesmo tempo que nos destrói, é nós mesmos...! Acreditando no amor ou desacreditando, indo ao fundo do sentimento, da emoção, entramos numa solitária batalha sem garantias... E conquistando ou mesmo partindo nosso próprio coração, travamos uma luta mordaz entre a mente e o coração, a razão e a emoção...!
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A luta do amor contra ou a favor dele mesmo é intensa, exaustiva, apaixonada... Quando eventualmente dá certo, é uma bênção... Quando longa e tortuosa, é uma maldição... É como estar num imenso e insondável labirinto de paredes brancas, buscando não a saída, mas a chegada para algum epicentro nirvânico, um "grande prêmio" (talvez o tão sonhado "amor do outro"...) quando é praticamente impossível fazê-lo...
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Sim, porque quando perdemos o amor ou este nos é negado, rechaçado, é como se o labirinto tivesse vida própria e se recriasse a cada passo que andamos, a cada metro ou vereda que dobramos... E mesmo assim, seguimos, nesta cruzada longa, febril e lancinante, mesmo vendo que, a cada passo, de momentos em momentos, existem grandes portas sinalizando "saídas"... Mas não as vemos... Não querermos sair...! Queremos nos embrenhar naquele labirinto louco de emoções e distorções, porque temos a CERTEZA que chegaremos lá...!
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Alguns, talvez, até cheguem... Obtém sucesso... Poucos, possivelmente... A maioria se perde nos inebriantes e cansativos caminhos auto-flagelantes do labirinto que só causa dor e lágrimas...
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Sair dele, do labirinto, é um processo lento, indizível, batalhante travado entre a negação e a aceitação... É como sair de um coma... Independente de qualquer coisa externa, que se passe fora da mente desligada... Fácil, para quem está fora é ver as saídas do labirinto... Para quem está nele, ou perdido na mente sombria e desconhecida de um coma profundo, é uma dificuldade...
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O despertar é de cada um... É quando se cansa de lutar contra as paredes e resolve-se voltar a QUERER ver a luz do sol... Encarar a vida e o cenário de "não-vencer"... Encarar a perda... Lidar com a morte de um sentimento tão lindo... Encarar que o "grande prêmio" talvez nem exista... Ou não está mais lá... Existiu um dia, quem sabe, mas depois perdeu-se nos confins do labirinto, nos confins da mente apagada do coma...
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Voltar a viver, sair do coma, sair do labirinto... é uma vitória... Reconhecer que viver a vida vale muito mais do que sofrer uma perda eterna... A luta para se voltar a desejar ver a luz do sol é grande... É um processo de auto-entendimento, de auto-descobrimento. Para quem sai de um coma, é como reaprender a falar, andar, entender o que é "novo mundo" que se apresenta depois de algum tempo... Só quem consegue, só quem viveu isso, entende...
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E uma vez FORA do labirinto, fora do coma, o processo de cura ainda é longo... É como uma doença... Mas saímos do estágio febril e delirante, e aceitamos a perda como uma vitória... E aos poucos reaprendemos a viver...! Viver com nós mesmos... Para nós mesmos... NOS querendo bem... NOS fazendo bem... NOS amando, sobre todas as coisas...!
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Vitória, maior que esta, mesmo que encaremos o AMOR de uma forma diferente, mais prática, menos etérea, menos mística ou menos mágica que antes...! Mais ainda quando se descobre que o amor em si não está ou estava no outro, mas em NÓS mesmos... Que somos DONOS dele, não do outro ou do amor do outro...! Podemos amar a nós mesmos, ou mesmo a outros, quando e quantas vezes quisermos...! Nós comandamos. Coração e mente. Equilíbrio. Nem um, nem outro, mais... Os DOIS juntos...
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Viver, é uma grande aventura, que está sempre começando e recomeçando... Ciclos. Começos, fins, a eternidade tem o tempo que precisa... Mas nada é tão eterno que nunca morra... O que MENOS morre é nós mesmos, cada um, sua vida, sua mente, sua força... Essa, jamais podemos perder por nos doarmos tanto, ao ponto de nos jogarmos de cabeça, de corpo e alma, num labirinto de algo que, se nos tenha sido negado ou tirado...
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Amai a TI MESMO sobre todas as coisas...! Esse é o segredo. Até porque, amor não é perdição... É encontro...!!
Marcelo Carvalho
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Buzz
(MSC)
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