terça-feira, 2 de novembro de 2010

O esplendor da relva...

Hoje eu parei pra escrever
Alguma coisa assim sobre nós
E simplesmente me deixei levar
Pelo desejo de poder te falar...

No dia em que nascestes
Vinda do encontro de tua mãe e meu
Vivi a maior emoção que poderia ter
E me tornei PAI...
E quando tu chorou...
Aquela pequena coisinha indefesa
Aos meus braços levada para um primeiro olá
Deus me ensinou uma nova canção...

E da sementinha de amor que plantamos antes
Agora brotava um novo serzinho
Que trazia alegria a toda a família
Com olhos de um pequeno anjo

Tem coisas que de mim não saem
A primeira vez que me chamou de papai
Os primeiros caminhares tropegos
O sorrisos de amor
O sono tranquilo de anjo...
Vou lhe confessar agora minha filha
Contigo eu aprendi muito, do que é o AMOR
Do que é um homem querer ter família
Da dor do estar longe
E da alegria dos poucos momentos juntos...

15 longos anos já fazem agora
E de alegria que meus olhos choram
Quando vejo brotar em ti a força da juventude
O ímpeto do desejo e do esplendor da relva...
Meu pequeno anjo que, não mais uma manina, agora fascina
Não so a mim, mas a outros olhos também
Mas que para mim vai ser sempre minha menina
Guardada comigo em recordações e fotos...

Filha aonde você vai
Esse lugar distante e desconhecido chamado "futuro"
Talvez não sobre um lugar pro seu velho pai
Um pai que sempre poderia ter sido mais
Um pai que talvez nunca tenha podido ser pleno...

Mas tenha certeza que eu vou sempre estar contigo
Onde quer que vá, quando tu precisar
Não é que eu queira te vigiar
Não é que eu queira ser teu dono...

Isso é só um cuidado de pai
Um pai que sempre te quis MAIS
Muito mais do que tu possa sequer imaginar
Filha, eu te amo...


"A luz que brilhava tão intensamente
Foi agora arrancada dos meus olhos,

E embora nada possa devolver os momentos

De esplendor na relva e de glória nas flores,

Não sofreremos, melhor,

Encontraremos força no que ficou para trás"

- William Wordsworth (1770-1850)

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