segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Canja de Galinha...

A brutal brutalidade da verdade nem sempre é necessária. Pode ser requerida, por ser melhor, por ser mais digna, mas nem sempre é mais fácil ou mais condizente.

A realidade não é definida senão por contornos personalizados e pessoais, dignos apenas da configuração abstrata da mente humana. Tanto que o "justo" é ser JUSTO - mas acontece que "justiça" é um conceito humano, falho e não-natural... Logo, ser ou ter "justiça", pode, sim, ser bom, essencial, até, mas não é imediatamente natural e ou "lógico" que o tomemos por excelência.

A sinceridade se alia a verdade e a verdade se alia a justiça quando postas no patamar da coerência. Entretanto, nem sempre o que é justo é bom e o que é sincero é verdadeiro. Qualquer coisa que não vá ao encontro das expectativas emocionais e humanas dos nossos interlocutores, pode ser considerado como "ruim", injusto, e até inverdade. Aí, resta ao ser pensante decidir ser a sinceridade cabe na verdade ou se a verdade pode ser discretamente distorcida para não causar uma hecatombe (é com "h"?) nuclear pessoal nas relações...

Eu prefiro ser mais discreto do que ser puramente "verdadeiro", até porque a verdade absoluta, acho eu, diferente, do que eventualmente dizem, não é libertária. Pode ser, quando os seres pensantes envolvidos compartilham de filosofias, planos dimensionais, cerebrais, intelectuais e etc, iguais ou em um mínimo de semelhança para serem entendidos entre si...

No mais, é preciso ter cautela...
Porque canja de galinha não faz mal a ninguém... ;o)