terça-feira, 5 de abril de 2011

Quereres...


De repente desperto para minha vida.
Minha vida que poderia ter sido.

Minha vida que está se formando.
Se re-formando a cada momento.
Tempo...

Nunca é tarde para nada, dizem, com sabedoria.
Mesmo para aquelas coisas, que insistimos em achar que não podemos.

Há coisas que podem e precisam ser feitas.
Há coisas que podem precisam ser ditas.
Fato...

E, de repente, desperto para minha vida.
Minha vida que foi.

Minha vida que é.
Minha vida que vai ser.
Quereres...


A ansiedade me invade feito relógio.
Percepção de tempo perdido.
Do tempo fúgidio, que já se foi.
E do tempo rápido, que insiste em escapar.
Pressa...


Resultado do que houve.
Um terremoto, que chaqualhou minha vida.
E, de repente, tudo caiu, tudo foi ao chão.

Inclusive o muro que me cegava e me deixava imóvel.
Dor...

Um tsunami varreu do mapa o resto da loucura e fantasia.
De anos de uma vida vazia, apostando no que talvez nunca seria.
A maré do olhar que insistia em vazar, lavando a alma, hoje fria.
Mas ao menos mais viva, mais atenta, mais sábia.
Segura...

Hoje quero paz. Quero lar. Quero amar.
Quero o vazio de uma casa nova sendo montada.

A alegria de cada coisa conquistada.
O simples prazer de andar de mãos dadas.
Passear...

Quero o acordar para uma vida nova.

Viver e lutar, mas crescer.
Sair e fazer, e à noite chegar, sorrir e dormir.

Rotinas boas de uma vida dividida.
Amor...

Toda vida é plena e nenhum acaso é casual.
As coisas confluem para algo maior, um sentido maior.
Quando as coisas acontecem, a gente muda o ser.
Faz da realidade o que queremos que seja.
Acreditar...

O destino é maior que tudo.
É a certeza de um elo mental, de um algo maior.
Da construção de algo bom, mesmo depois de um furação.
O sentido de querer mudar, sabendo que sempre é possível.
Viver...

 
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Buzz
(MSC)