domingo, 18 de novembro de 2007

A minha vida é um livro aberto


Eu nunca me escondi atrás de nada nem de ninguém. Não tenho que fazer isso. Não preciso. O que eu acho, eu digo, ou escrevo, ou mostro - ou ao menos tento.

Cada um tem o DIREITO à Livre Expressão. E ninguém é obrigado a gostar ou aceitar o que cada um diz. O mundo é o que é porque as coisas são assim.

De resto, sobra o ENTENDIMENTO, o que as vezes se pleiteia e noutras vezes não se consegue. Eu tento. Sempre tentei. Nem sempre consigo. Até porque CADA UM é dono da SUA verdade... E se nenhuma das partes dá ou oferece abertura o suficiente para um entendimento MÚTUO, educado, e sensível à realidade do outro, a coisa simplesmente não funciona.

Não adianta se debulhar em lágrimas ("de crocodilo"?), nem em perder o sono, nem em em desde então julgar o outro com a mesma parcimônia de um Hitler olhando um judeu impuro. Não, isso não funciona. Não ajuda EM NADA...

Se estivermos versando sobre a frustração de não ser ouvido não ser entendido, não ser levado em conta e, ainda por cima, ser cobrado, ser tido como falho, ser dito "absoluto" em muitos sentidos, em muitos assuntos, em muitas análises, em muitos parâmetros, bem, disso EU MESMO sei muito bem como é ser e estar neste "ponto" de observação.

Portanto, quem busca linha para se enredar, sempre vai achar. Quem busca a análise de um eventual OUTRO PONTO de vista, pode também achar, e aí vai da capacidade intrínseca de cada um parar, olhar e pensar se não se está "pecando" por achar que se "sabe tudo" e se tem o outro, o outro "ponto de observação" (ou o observador, propriamente dito e em última instância) como "figurinha carimbada", um "algo" totalmente conhecido e previsível...

Pretensão, é o que é... Talvez pior que própria suposta "injustiça" da diferença de opinião. Até porque quem tem a prepotência de achar que "conhece" e "sabe tudo" do outro (de qualquer outro) não pode ser mais ridículo do que si próprio, em sua suposta infalibilidade.


Agora, quem consegue estabelecer um ELO de comunicação, e se desnudar de seus preconceitos, de seus ransos e conseguir ver o mundo a partir do prisma do outro, aí sim talvez consiga um mínimo de isenção a ponto de poder ao menos sair de seu pedestal de se achar o "certo", o "justo", o "incólume", e ver que se o outro erra, o um também erra - e muito.

Eu mesmo já "parei de me preocupar" com muita coisa por, justamente, me colocar não só no lugar de outros, como também a conclusão de análise final de ver que o outro não iria mudar, não queria mudar e de ver que em última análise, as coisas (algumas coisas) quanto mais se tenta melhorar... pior fica...!! :op

Então, as vezes o mais sensato é deixar os outros com suas loucuras pessoais, com seus pequenos mundinhos particulares ou seus grandes mundos privativos, do que tentar despertar alguém para um outro campo de visão que a pessoa não pode (ou não quer) ver (até porquê "dar o braço a torcer" significaria, muitas vezes - ou sempre - admitir o erro, a imperfeição, ou, pior, que o outro está certo, ou mais certo, ou senão mais certo que ao menos tem um outro ponto de visão também cabível e, quem sabe, até até aplicável)...!


Enfim, sobre "Deuses e Monstros" (para pobremente parodiar John Steinbeck em "Ratos e Homens"), percebo que todos nós saímos atingidos em nossa humanidade, quando confrontados com as opiniões alheias...

Se nem mesmo muitas vezes dentro de nosso núcleo familiar conseguimos apoio, unanimidade, aceitação, como podemos esperar que estranhos, pessoas com as mais diversas e diferentes histórias de vida (e frustrações) possam nos olhar e nos aceitar, e nos ver tão certos ou tão "donos-de-alguma-verdade" quanto eles mesmos...?!? Complicado, pra não dizer impossível...


Como eu disse no início, minha vida sempre foi um livro aberto... Claro que tem algumas páginas faltando, rasgadas, rabiscadas, etc, mas o livro tá lá, aberto, para quem quiser ver... ;o)

Claro, também, que isso não dá a NINGUÉM o direito nem o subsídio a saber ou achar que sabe TUDO sobre mim, sobre minha vida, sobre o que eu penso ou o que eu acho... O que eu dou é uma "fresta" da veneziana da janela de meus pensamentos...

De resto, como está escrito por aí, de mim mesmo, duas coisas:

"Eu sou contraditório. Eu sou imenso. Há multidões dentro de mim."
- Walt Whitman

"...Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...E que esse momento será inesquecível..."
- Mário Quintana

Ah, e mais isso:

Se me entender, beleza! Se não entender, pergunte. Agora se tirar tuas próprias conclusões, o problema não é meu! Tuas opiniões regem a TUA vida. A minha é regida por meu caráter e MINHAS opiniões... E como diz o ditado, "a minha educação depende da sua" e eu acrescentaria que "a minha amizade" (sem falar no respeito) IDEM...!

E como diria Forest Gump, "E isso é tudo que eu tenho a dizer sobre isso"...

Ao menos... por hora...

B.