quinta-feira, 26 de maio de 2011

Entre a Cegueira e a Burrice...

Existe uma linha tênue entre essas duas coisas. Uma te impede de ver as coisas como elas são. A outra também.

Na "cegueira" (não a real, mas a metafórica, e dizem que "o pior cego é aquele que não quer ver"), estamos impedidos de ver as coisas como elas são. Seja por contingência, acaso, auto-engano ou até necessidade ocasional. A cegueira pode ser relativa. Pode ser ativa ou passiva. Ou mesmo defensiva. Em alguns casos, nem sempre as pessoas não são totalmente responsáveis pelo que não vêem. Simplesmente não conseguem ver. As vezes é uma visão turva, embaralhada, embaçada. De qualquer forma, a realidade não é vista completamente. É distorcida. Ou simplesmente não vista mesmo.

 A "cegueira" faz com que a pessoa optar por não ver determinado traço da realidade, escondendo-o atrás de um véu de uma realidade auto-gerada, para satisfazer alguma necessidade ou fugir da mesma.

Já na burrice, que poderia ser um tipo de "cegueira" auto-infligida, se pode ver as cosias, mas se opta por não ver. Ou melhor, finge-se não ver. Ou ainda simplesmente não se reconhece alguma coisa como real, verdade ou melhor. Igualmente como na cegueira, pode ser por contingência, acaso, engano ou até necessidade. Porém, diferentemente, esta não é relativa. É absoluta.

A "burrice" faz com que uma pessoa perca a oportunidade de saborear a realidade como ela é simplesmente por não aceitá-la como algo real, pela incapacidade de lidar com ela ou mal-interpretá-la.

Nem sempre se pode traçar essa diferença entre uma coisa e outra, porque a linha que divide as duas coisas, como eu disse, é muito tênue. Obviamente, para quem está agindo com "cegueira" ou como "burrice", nenhuma das opções é entendida ou mesmo aceita. Mas ao observador externo talvez seja mais fácil e visível.

No fim das contas, "cegueira" ou "burrice", os dois caminhos levam a um mesmo resultado: uma ilusão e a um momento de "fantasia". Em algum tempo, a realidade acabará emergindo e transparecendo sua verdade. Possivelmente o resultado disso será uma sensação de impotência, perda de tempo, senão a própria noção de arrependimento.
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Buzz
(MSC)