quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não....

Não me chame.... Não me pense... Não me escreva... Não se lembre de mim...

Eu prefiro me esquecer do turbilhão de emoções que há em mim, do que viver o tormento de um quase...

Um quase não é nada... Um quase-amor, um quase-sucesso, uma quase-vida... Nada...

Nada é o que me destes. Nada é o que ficou. Nada é o que significas... Nada é o que eu mesmo sou, pq sou pequeno ante a grandeza do universo...

Por isso deixe-me flutuar na grandeza infinita dos meus pensamentos, longe, bem longe, onde o horizonte nunca acaba e o sol nunca se põe... Onde os dias são quentes mas com uma brisa fria, que dá aquela agradável sensação de estar vivo...

Prefiro a solidão de um dia frio, do que o calor de algo que nunca será. Quero gotas de realidade num oceano de mentiras. O ronronar de um roçar na perna, um olhar esguio, um arrepio.

Deixe-me só com a minha imaginação, pois meus tormentos já são suficientes para chover em meu rosto muitos dias...

Mas sei que a música me sorrirá como um brilho de estrela, a cada vez que alguém me tocar a alma, me sorrir com os olhos, sorver meu suor e dividir o êxtase... Em todos os cantos do universo, lá eu estarei...

E na poeira das estrelas, no vazio da imensidão, eu sei... jamais estarás...
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Buzz - quarta, 21 de setembro de 2011
(MSC)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Existência Humana...

Eu não sou NADA... Mas ninguém pode ser NADA, logo, eu sou alguém...

E sendo alguém, estou preso ao dilema de "direitos" e "deveres" como qualquer um... Mas, de qualquer forma, estes são conceitos HUMANOS dentro de uma norma... A "norma" que preconceitua a "normalidade"...

Eu, ou tu, pouco importa. O "eu" é figurativo, ainda que, pessoalmente, seja tudo que se tem para se apoiar e para apoiar o que achamos ou classificamos da realidade.

Se tu existe, e é algo, precisa estar "encaixado" dentro de alguma coisa, de alguma "norma", de algum conceito, de alguma coisa que te defina por excelência... Visto que só existimos por definição.Se não tem definição, não existe. Mesmo o que é "etéreo" existe, justo por ser classificado de "etéreo"...! Já é uma categoria! Logo... EXISTE...!!

Entretanto, tudo é apenas CONCEITO... Tudo são fagulhas de energia elétrica ou de outra ordem, que se agrupa aqui e ali e resulta no... "o que conhecemos"... E o que "conhecemos" é definido pelo que presumimos... E da presunção vem o que assumimos como "verdades", por necessidade de classificação... E assumimos que tudo tem que ter uma "classificação"... E a "verdade" passa pelo crivo normativo da "normalidade" - do que é "normal", do que está "dentro de uma norma"...

E essa "norma", nada mais é do que um tranquilizante mental que ajusta tudo para que tenhamos "controle" sobre as coisas... E façamos parte delas... E as entendamos... Para não corrermos o risco de não sermos "NADA"... E assim, termos "relevância" nessa existência.

E eventualmente, nos mostrarmos relevantes para os outros.
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Buzz
(MSC)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mudanças no ar...


O Facebook está mudando... Hoje é alvo de reportagem nas primeiras páginas da Zero Hora...

As modificações serão significativas... O aprimoramento, idem... E deve ser por isso que HOJE parece que o sistema tá todo lento, todo errado... Eles devem estar mexendo no sistema. No "core" da programação do Face, para implementar as mudanças que virão...

Bom ou ruim? Saberemos conforme nos chegar... Cada um, óbvio, responderá a elas conforme seu nível de necessidade de compartilhamento ou reclusão. O novo Face, parece, será uma experiência significativa de vida. Pretenciosa, é... mas... e por que não??

Hoje em dia se fala tanto em "cloud computing" (que é tornar desnecessário, digamos, os HDs de nossas máquinas e guardar tudo na "nuvem" da web), que a premissa parece não só interessante quanto válida - e mesmo em termos de experiência de vida e preservação de nossas próprias memórias... Não sei se vai dar certo ou se será "tudo isso" que parece prometer ser, mas certamente vai mexer com muitas estruturas por aí...

Veremos...!! ;)
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Buzz
(MSC)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

From Hell...


Hoje recebi um "presente de grego"...! De volta das profundezas do inferno...! Coisa que um dia foi dada de bom grado e agora os demônios resolveram expurgar do purgatório e mandam de volta pra superfície... Ora vejam...!! Rsrsrs...!! :D

Faz parte... Ou deve fazer... O exorcismo já foi feito a tempos e o mal expurgado das minhas terras... Mas de tempos em tempos os bicho sem luz, inventam moda pra mostrar que o inferno ainda queima vivo...!!

Mas, pra minha sorte, longe daqui...!! ;)
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Buzz
(MSC)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Amarras soltas....



Já faz tempo que o navio partiu a navegar pelo oceano. Não é um navio com destino certo, mas uma nau desbravadora de novos mundos, novas vidas, novas civilizações... Há muito deixou o porto que achava seguro. Agora, aventura-se singrando mares desconhecidos...

Já aportou em alguns portos, travou contatos, fez trocas, conheceu e experimentou o exotismo de cada nova cultura abordada... Cada uma, com seu sabor, sua textura, suas peculiaridades... E após, partiu novamente, cruzando os oceanos em busca de algo mais...

Aos poucos, a nau, cada vez mais distante do ponto de partida, onde a despedida havia sido intensa, foi se perdendo no horizonte... Luas e luas se seguiram, naquela navegação onde a própria embarcação não estava pronta, pois havia partido incompleta, danificada por grandes batalhas... Mas seu destino não estava naquele porto fatídico que deixou para trás, quando finalmente resolveu navegar.

Então, saiu assim mesmo, e somente agora a tripulação percebera que já estava havia muito em sua nova jornada... E que aquele porto originário já estava longe, perdido no horizonte infindo de mares desconhecidos... E quão interessantes eram os mares... A liberdade... Ainda que os ventos nem sempre soprassem por trás, inflando as velas, levando o barco para algum novo destino, mesmo a navegação lenta, o observar de luneta os horizontes em busca de nova terra para aportar, mesmo semanas e semanas aparentemente intermináveis presas no vazio da imensidão azul, mesmo isso e as dificuldades de se conseguir remontar as partes atingidas, não fazia com que a viagem fosse ruim...

Por vezes a tripulação desanimava, sentia-se desmotivada, mas havia dias de pesca, onde se regozijavam de alcançar algo diferente para se nutrir, dias de marasmo, onde apenas o calor do sol alegrava ou o vento soprando trazia odores de possibilidades a descobrir, ou onde até mesmo tempestades e chuvas, o perigo ronsando cada vagalhão que insistia em socar o navio, parecia fornecer a adrenalina necessária para seguir em frente...

Na verdade, era sempre assim. Sempre fora. E da ponte de comando, o capitão pensava que, naqueles tempos, em que as amarras estavam presas a seu porto de origem, mesmo quando navegava em busca de descobertas que poderiam ser vantajosas, enriquecedoras, sempre havia a licença poética para navegar sob uma bandeira... e voltar para o porto seguro, deixando a todos, comando e tripulação, tranquilos de que "havia um lugar para voltar"...

Mas atualmente... e já fazia tempo, a nau estava longe daquele porto que um dia parecia seguro, mas que se mostrou apenas mais um ponto de passagem. O passar do tempo mostrou que as coisas não eram bem o que pareciam e que aquela cultura um dia aportada, havia se mostrado enganosa. E conquanto tivesse partilhado coisas boas, buscava apenas enriquecer-se das vantagens de ter um navio em seu porto. Vangloriar-se de sua altura. Nutrir-se do que aquela nau poderia trazer de bom a cada ida e volta de suas viagens...

E um dia inciaram-se conflitos de interesses e seguiu-se uma guerra. E após sangrentas batalhas, o navio deixou aquele porto enganoso... Danificado pelas batalhas, sem provisões, com laços partidos entre toda a tripulação... Dúvidas, tristezas, muita revolta interna, até, com algumas tentativas de motins, onde o coração da tripulação tentava se insuflar para voltar ao porto... Mas com o tempo e a navegação, as estrelas do céu como guias, o navio seguiu seu caminho incerto...

Em recente abordagem em outro porto, todos se pegaram pensando como o tempo havia sido bom a eles e suas viagens, com novos portos chegados e partidos, mas sem guerras ou batalhas. Apenas o alegre feito de contato de outras vidas, onde pode-se partilhar, ainda que por pouco tempo, da hospitalidade dos momentos em que o navio estava ancorado...

E veio a estranha certeza, entre todos, de que viajar era preciso... De que aquele porto, que um dia tiveram como "seguro", não o era... E que já fazia tempo que estavam libertos das amarras que prendiam seu navio lá... Não só as amarras físicas, mas daquelas que, como as cordas, o tempo, a chuva, o calor do sol, faz com que os nós se apertem e sejam mais difíceis de se soltar... As amarras da mente...

Felizmente, aquelas memórias já estavam há muito idas... E a tripulação jazia tranquila e feliz, mesmo com isso. Nem mesmo as memórias boas daquele porto haviam ficado. A batalha, o tempo e os danos ao navio, haviam feito com que, aos poucos, tudo fosse percebido e entendido com um grande erro de ancoragem... Apenas um erro de cálculo...

Amarras soltas, nosso navio agora sabe que nunca mais voltará àquelas terras... E todos estão felizes e tranquilos com isso.. As memórias desvaneceram. Aquela terra, que um dia foi cultuada, hoje jazia morta e amaldiçoada pelo coração da tripulação... E na ponte de comando, o capitão pensava que finalmente sua tripulação estava limpa...

Até porque aquelas terras que não eram sequer puras, porquê há haviam sido invadidas por dezenas de saqueadores em outros tempos... E que talvez fossem os resquícios do que ficou daquela cultura ruim que tivesse feito com que a estada naquele porto não fosse definitiva... Por algum tempo todos tentaram fazer daquele porto um lar, mas aquela cultura usava máscaras, que fazia difícil enxergar suas verdadeiras motivações...

"Soltem as amarras...! Içar a bujarrona...!! Velas ao alto...!!!", gritava o capitão do alto da ponte, para uma tripulação ávida de novas descobertas...!! O sol se ensaiava no horizonte. Um novo dia de céu límpido e azul se desdobrava... E a certeza de que novas vidas e novas civilizações seguiriam surgindo, abriu uma canção no coração da tripulação!

A felicidade é um mar a ser desbravado por aqueles que tem coragem de lutar por ideais maiores do que a própria vida... E nossa nau seguirá sempre em frente, em rumo ao seu destino, a um próximo porto, a talvez um porto onde as tratativas façam que novas alianças sejam feitas, e essas alianças sejam definitivas... Mas se não forem, o navio seguirá com sua própria bandeira, firme e forte, velas ao vento, audaciosamente indo, em busca de seu destino final...
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Buzz
(MSC)

domingo, 18 de setembro de 2011

Os Espíritos que Andam Entre a Gente...

Hoje vi alguém que já foi muito próximo, passar próximo...

Mas como hoje é distante, distante ficou... E passou... Estranha sensação... De perda e ruptura... E foi-se, solito, em meio a pouca multidão que estava hoje na Redenção...

Estranhos os caminhos da vida, que aproxima estranhos e transforma-os em amigos e que as vezes também transforma amigos em estranhos... Deve ser normal... Só que nem sempre se entende... Pior é que cada vez mais vê-se coisas assim por aí...

Melhor é deixar passar, como passou o fantasma do passado, mirrado e encolhido em suas vestes soltas, qual um espectro de tristeza em meio a um mundo de alegrias... Como talvez um espírito inquieto, perdido no umbral, entre o mundo dos vivos e dos mortos... Invisível no meio da multidão, vagando na solidão...

Não sirvo pra "médium"... Não quero mais fazer canalização entre quaisquer mundos... Chega de querer trazer alguma alegria a outros mundos... Agora, só vivo o MEU mundo... Pode parecer meio egoísta, mas não é... É livre arbítrio. Pq o que passou, passou. E se não ficou, é pq não era pra ficar... O que é pra ser, que seja, o que não for, que voe... Nada pertence a nada, muito menos a alguém.

A vida, já disseram, é daqueles que sabem viver. Errar todos erramos. Reconhecer os erros é, talvez, um dos maiores talentos...
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Buzz
(MSC)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Paramar...


"Para amar alguém é preciso compreender seus medos.
Para compreender alguém é preciso conhecer sua história.
Para conhecer alguém é preciso descobrir sua vida.
Para descobrir alguém é preciso perceber suas dores.
Para perceber alguém é preciso entender suas falhas.
Para entender alguém é preciso aceitar seus defeitos.
Para aceitar alguém é preciso desejar seu bem.
Para desejar alguém é preciso querer sua felicidade.
Para querer alguém é preciso dividir seus momentos.
Para dividir alguém é preciso compartilhar sua alma.
Para compartilhar alguém é preciso ser real.
Para ser alguém para alguém é preciso amar.
E para amar só é preciso se entregar.".
Buzz - quinta, 1 de setembro de 2011
(MSC)