terça-feira, 29 de abril de 2008

Coisas da vida...


Exerto de uma conversa de MSN, com uma amiga, acerca das "coisas da vida":

- " Buzz " diz (00:18):
a vida é a vida
- " Buzz " diz (00:18):
ela não é justa nem injusta
- " Buzz " diz (00:19):
ela apenas É...!


E é bem por aí... A vida "é a vida"... E como diz o refrão da música "é bonita e é bonita"...!

Obrigado, Lú, pela ajuda na reflexão...! ;o)

Buzz
(MSC)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Miséria do Tempo... Perca 0,5% do seu dia lendo isto.


Um dia é composto de uma divisão clássica de 24 horas... Estas 24 horas funcionam, obviamente, para todos, sem distinções de qualquer tipo. O que varia é o que cada um faz ou precisa fazer ou deve fazer com cada hora, momento, de seu dia... As pessoas tem diferentes forma de usar seu dia, suas horas, em "N" coisas mundo afora... Mas não quero ser tão abrangente... Minha "análise" se prende em uma pessoa só: uma criança. Minha filha.

Quanto tempo será que ela dispõe para ter contato comigo em um dia...??

Para mim, que não moro nem vivo com ela 24 horas por dia, e não convivo com ela senão de parcos 15/15 dias, qualquer "tempo" com ela, mesmo ao telefone, é precioso... Isso claro, quando não há nenhuma "crise" ou ela não está fazendo outra coisa (entre ver TV, jogar no micro, ver novela ou BBB, entrando ou saindo do banho, indo jantar com a mãe, etc), atividades normais de uma criança dentro de casa...

Pensando em tudo isso, e em uma rapidíssima conversa que acabei de ter com ela por telefone, fiquei pensando: Quanto tempo seria "justo" ter com minha filha para interagir por dia...?? Quanto tempo eu "POSSO"...? Quanto tempo seria "RAZOÁVEL" ou um "MÍNIMO" para dar um "oi" e conversar um tiquinho acerca de tudo, uma vez ao dia...? Aquele tipo de conversa acerca do que aconteceu no dia dela, do que está para acontecer, dos estudos, de como foi o findi, enfim, qualquer coisa, uma conversinha despretensiosa entre pai & filha, sabe...?

Vamos analisar juntos? Bem, então voltemos à primeira frase deste meu texto:

Um dia é composto de uma divisão clássica de 24 horas...

Tirando uma média (boa) de sono de uma umas 8 horas, sobram 16 horas... Destas 16 horas, podemos tirar (com larga margem) umas 3 horas, para alimentação de, no mínimo, três refeições por dia... Sobram 13 horas... De 13 horas, tiremos algo como uma hora para higiene pessoal (entre banho e necessidades fisiológicas ao longo do dia): 12 horas restam... Das restantes 12 horas retira-se 4 ou 5 horas para estudo, de alguém que esteja em uma escola regular e, digamos, restem 7 horas. Das 7 horas que sobram, teremos um mínimo de 3,5 horas (extra-classe) para estudo - coisa necessária para qualquer criança em idade escolar mas que (muito provavelmente) poucas crianças fazem... Das 3,5 horas que sobram, digamos que ainda UMA HORA seja retirada para ficar conversando em casa, assuntos necessários, de família, integração, aquela coisa - parte até da educação... Mas Restam então um mínimo de 2,5 horas "perdidas" aí no meio do dia e que não são para dormir, tampouco para comer tranqüilamente, nem para "ir ao banheiro ou se banhar", nem para estudar... digamos que sirvam para "descansar", para "lazer", para entretenimento, para "não fazer nada" ou para fazer "qualquer coisa" que seja necessária (como arrumar o quarto, brincar, jogar no computador, ver TV... qualquer coisa... Ok, ok... Digamos que das 2,5 horas que sobram nas 24 horas do dia, DUAS HORAS possam ser gastas entre arrumar a cama do quarto, jogar 45 minutos de computador (já é bastante!), brincar com os gatos, pensar na vida... Ainda sobraria ao menos MEIA HORINHA "perdida", vazia, no meio das 24 horas do dia...

Meia hora... 30 minutos que, digamos, toda e qualquer pessoa poderia ter. Que qualquer pessoa poderia ter para abrir uma brecha para um papo com qualquer outra pessoa... E que por certo uma criança poderia ter (não deveria ter?) alguns minutos dentro destes para conversar com seu pai ao menos uma vez por dia... Ou será que não?

Será que nestes, no mínimo, 30 minutos de "ociosidade" diária, seria desejar muito um pai, eu, poder conversar ao telefone com minha filha, ao menos 5 ou 10 minutos...? Numa boa? Sem interrupção, sem "correria" porque "tá tarde", porque "algo ainda precisa ser feito"(que não foi feito antes) , porque algo precisa ser "acabado", sem pressão de qualquer tipo de que a conversa "seja rápida"...?!? Certamente o mundo não acaba em 5 minutos...

Será que uns 5 míseros minutos ao telefone por dia (sendo que as vezes nem é todo dia... ) é ansiar por "MUITO"...? "5 minutos" em "30 minutos ociosos" ao longo do dia...? 5 minutos dentro 24 horas...!! 24 horas são 24 x 60 minutos... Isso faz 1.440 minutos em um dia...! E em 1.440 minutos eu não posso ter 5...?? Cinco minutinhos de conversinha casual, preocupada, simplesmente amorosa ou mesmo eventualmente educativa, com minha filhotinha, é pedir muito...? Será que eu não mereço que ela "PARE" por cinco minutos para conversar sem pressão ou preocupação comigo?? Será que absolutamente TUDO é mais importante do que míseros 5 minutos de interação, de carinho e preocupação?

Mas como fazer ela, minha filha, entender isso...? Como fazer QUALQUER PESSOA entender isso...? 5 minutos seria menos de 0,5% do dia... Menos de MEIO por cento do dia...
Talvez menos que o tempo que alguém tenha levado para ler tudo isso que escrevi.

Buzz
(MSC)

sábado, 5 de abril de 2008

Frase...

"O passado termina quando abrimos as portas
e o deixamos para trás..."


Buzz
(MSC)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

"Vai te catar...!"


Fragmento de uma historinha:

E ele saiu porta afora, deixando tudo para trás... Porta aberta, chaves em cima da tv, saiu pelo corredor deixando pra trás o passado...

"Vai te catar...!" foi tudo que ele conseguiu dizer, furioso, irado, frustrado e magoado...

Preferiu ir embora, deixar tudo para trás e, finalmente, virar uma página da história de sua vida. Estava cansado de ser "palhaço" de tantas gentes pela vida afora... E foi-se, tendo à frente o alvorecer de um novo dia...

Quando, depois, parou e pensou, reconheceu os sinais da Alma do Mundo, a linguagem não verbal, mas apenas intuitiva, de que sua história, que de boa, de interessante, de excitante, de conflitante e de frustrante, havia, realmente, findado. O tempo. O desejo. A incoerência. A falta de reciprocidade... A falta de carinho. O egoismo.

"Vai te catar...!" foi tudo que ele disse, relembrando depois, e pensou que isto poderia significar "vai te encontrar", "vai buscar o que te move", "vai buscar a tua história", ou simplesmente "me esqueça..." por que para ele, a história dele, naquele momento, cruzando aquela porta, saindo para o mundo, estava irremediavelmente terminada...

Será que eu poderia ser escritor? Rsrsrs....!! :D
Buzz
(MSC)